Edival Perrini

Sobre o Poeta

Edival Perrini nasceu em 23 de outubro de 1948, em Curitiba - PR. Autor de seis livros de poemas, entre eles Armazém de ecos e achados (2001), O olho das águas (2009), e de Fandango do Paraná: olhares, prosa sobre fotos de Carlos Zanello de Aguiar (2005). Médico pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), psiquiatra pela Associação Brasileira de Psiquiatria, psicanalista pela International Psychoanalytical Association (IPA), Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e membro fundador da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Curitiba. Participa do Encontrovérsia, grupo de estudos e compartilhamento de literatura e poesia, desde 1980. Com o Encontrovérsia publicou quatro antologias poéticas.

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Edival Perrini bem suspeita onde a vida freme. E bem suspeita o lugar da poesia"

Manoel de Barros, sobre Pomar de Águas).

“Poemas do Amor Presente bem exprime a sua sensibilidade e a sua visão humanística do mundo”.
(Carlos Drummond de Andrade).


“Edival Perrini é poeta/louco. Refugia-se entre os que levam a mente na contra-mão, sentindo a indigesta situação dos que são e não são. Desliza pelos deslizes da mente humana, contando a si mesmo porque de si mesmo é diverso.
Um único tema, a vida, a vida toda”.
(Adélia Maria Lopes in Olhos de Quitanda)


“O feitiço de seus versos transfigurou minha visão do mundo, tão ensombrada e assombrada. A pura poesia de Pomar de Águas levou-me para o seu universo de contínuas invenções, saciou minha sede de beleza”.
(Helena Kolody).


“Penso, salvo melhor juízo, que se trata do melhor livro do Perrini. Vislumbro nele a maturidade criadora do poeta”.
(João Manuel Simões, sobre Pomar de Águas).


“Pomar de Águas mostra a caminhada amadurecida do poeta pelo reino das palavras”.
(José Mendonça Teles)


Muito consciente: é importante o Poeta saber o que diz, muitas vezes, sem saber, exatamente, o que diz. Há muito tempo não tenho visto Poesia como a do Perrini, tão boa, tão autenticamente Poesia: pelo amor de Deus, graças a Deus.
(Leopoldo Scherner in Pomar de Águas).


“Gostei do seu domínio do verso, a contensão, a mó que se entretece entre as imagens. Algo de chuva, grão, âncora, casulo nos poemas e beleza como esta: “respiro a cerração/ das nuvens que dormiram com você”.
(Carlos Nejar sobre “Pomar de Águas”).


“O Perrini combina a elaboração de paralelismos, ecos, e jogos verbais, com metáforas líricas da natureza, a floresta, o mar, os pássaros, para desvendar, reflexivamente e poeticamente, os caminhos humanos e as sensualidades”.
(Reinoldo Atem in Diverso).


“Em Diverso, valores de vitalidade impõe-se de modo claro no universo poético que os textos selecionados configuram. Assim sendo, motivos retirados da natureza e da anatomia feminina são focalizados com evidente ternura e sensualidade…”
(Édison José da Costa).


“Feiticeiro inventor, Edival Perrini cria prodígios poéticos e nunca se repete. Cada livro é único. Em Armazém de Ecos e Achados, Perrini parte dos vocábulos tradicionais e nos leva, de surpresa, para uma conotação nova, sábia e original. São poemas mínimos, plenos de magia poética e de filosofia existencial”.
(Helena Kolody, poeta, Paraná).


“Seu livro Armazém de Ecos e Achados me encheu os olhos de emoção, a começar pelo belo prefácio de Édison José da Costa. É poesia pura do começo ao fim. Sua poesia vem em vôo rasante: aterrisa no aeroporto de nossos olhos e nos deixa despupilados, de tanta beleza plástica espraiada na linguagem das palavras”.
(José Mendonça Teles, poeta, Goiás).


“Desde o primeiro momento, Armazém de Ecos e Achados está em minha cabeceira, do qual retiro em gotas, a cada noite, um precioso néctar. As palavras são poucas, parece, mas caem certeiras. Aos poucos, também elas se revelam. É um livro para ser lido por quem se despoja do tempo e das circunstâncias. Nele, o poeta se mostra aguçado e sutil, como é de seu estilo sempre sóbrio, delicado e profundo. Mas, pela concisão, parece haver um salto em sua poesia: a concentração do arqueiro que consegue acertar o alvo”.
(Walter Trinca, psicanalista e escritor, São Paulo).


“Há no recesso de Armazém de Ecos e Achados um jogo sutil de palavra e silêncio, uma bela aliança entre o humano e o cósmico. É admirável a celebração que Edival Perrini faz em torno dos elementos pré-socráticos e louvo com entusiasmo a paráfrase do salmo de David ao fim do livro. A capa com os traços de Poty e sua ambígua textura, entre pano cru e madeira envernizada, embrulha com originalidade e bom gosto a surpresa dos versos”.
(Astrid Cabral, poeta, Rio de Janeiro)


“Armazém de Ecos e Achados” de Edival Perrini oferece ao leitor o prazer da leitura, ou, em suas palavras, o gozo. Edival Perrini tem uma capacidade para criar imagens como poucos poetas contemporâneos. Elementos inanimados ganham vida graças à sua linguagem poética: “O vento voa telhas// Do sótão das nuvens,/ estrelas pescam o menino.” Forte e aderente imagem me vem à mente com seu “Retrato” em águas alucinadas.
A precisão é outra característica de sua linguagem nestes poemas em que o fogo do amor e da paixão mistura-se milagrosamente com a água que não o apaga: “Cansados de mar,/ pedaços de terra espiam:/ arquipélago”; “A paixão desata/ Sandice das águas/ Cataratas”; O mar/ quando molha tua saia/ fecunda de sereias/ nossa praia”. Sua poética é densa; tem a força da palavra bem escolhida. “Olhos te devoram/ Caminhas/ O sangue do instinto passeia teu olhar”; “Sei-os bem/ como sei em ti meus olhos:/ cheios”; “Apesar de sua induração,/ o ferro,/ renitente e inflexível,/ consente à umidade/ o gozo escarlate da ferrugem.” Nestes poemas em que a beleza da sonoridade domina, o leitor é levado, como a umidade, a viver um gozo escarlate. A completude no amor é líquida… e na poesia, gozosa e devota.”
(Cristiane Grando, poeta e doutora em Literatura, USP, São Paulo)


“Neste livro (O olho das águas), Edival Perrini contempla com amor o mundo líquido, suas múltiplas aparências de mar, foz, rio, chuva e fonte, dedicando a cada uma, sessão especial. O que logo ressalta à percepção do leitor é a harmonia existente entre o tema e a forma verbal escolhida para abordá-lo. De um modo geral, a polimetria dos versos parece acompanhar o dúctil fluxo das águas, sua elástica mobilidade.”
(Astrid Cabral, poeta, Rio de Janeiro)


“Na sua textualidade cantante, a poesia se espraia, marulhante, com sons de corais e búzios em cujas entranhas a música pulsa, implacável.”
(João Manuel Simões, poeta e escritor, sobre O olho das águas, Paraná.)


“Olho d’água é expressão sinônima de nascente d’água. Rara intuição teve Edival Perrini ao inscrever em livro a sua coletânea de poemas cujo tema é água e seus múltiplos cantares geográficos: mar, foz, rio, chuva e fonte. Num momento grave do planeta Terra com seu meio-ambiente, esse conjunto de poemas cuidadosamente elaborados não só traz a beleza poética –escrita e estética- como também o conteúdo que nos alerta e comove, instrui e sensibiliza. Os poemas são sintéticos em linguagem que traduz informação e, ao mesmo tempo, lirismo e criatividade.”
(Hugo Pontes, poeta, escritor e jornalista, Minas Gerais)


“Sua poesia encanta. É delicada, porém forte. Penetra e sacode o coração. Faz refletir.”
(Adélia Maria Woellner, poeta e escritora, sobre O olho das águas, Paraná)


“O olho das águas do poeta curitibano Edival Perrini é um livro que fala do mundo hídrico que nos rodeia, revelando as suas mais diversas facetas. A água, estandarte da sua poesia, predomina como tema da obra, no intercâmbio que faz com tudo que lhe é afim. O espetáculo das águas é, talvez, a marca maior de Edival Perrini, graças a uma linguagem precisa, ágil, madura e substanciosa…”
(Silvério da Costa, poeta e jornalista, Santa Catarina)


“Publicado no final de 2009, o mais recente livro de poemas do curitibano Edival Perrini (O olho das águas) é uma obra-prima em todos os aspectos. O projeto gráfico, de extremo bom gosto, marca a publicação com uma beleza incomparável que, no entanto, não se iguala à requintada poesia caracterizada pela concisão e pelas metáforas capazes de levar ao êxtase quem lê, permitindo um mergulho no mar interior – por vezes de água morna e viscosa, por outras de água fria a arrancar arrepios – contido em suas oitenta páginas.”
(Idalina de Carvalho, poeta e escritora, Minas Gerais)


“Claramente se percebe que Perrini é um poeta experiente: sua dicção é segura, e é notável sua sensibilidade rítmica. A esse respeito, acuradamente observa Astrid Cabral, prefaciadora do livro, que “a polimetria dos versos parece acompanhar o dúctil fluxo das águas, sua elástica mobilidade”; desse modo, o poeta logra cumprir a tarefa que impõe a si mesmo em ‘do mar’: “do mar / fazer um poema // oferecê-lo / a quem anda esquecido / de mar” — embora seja possível afirmá-lo também a respeito das restantes seções do livro, acerca de outros tipos de formações aquáticas.(…) Um dos melhores poemas do livro, “A cerimônia das nuvens” apresenta de modo exemplar as qualidades do texto de Edival Perrini: a linguagem despojada, isenta de hermetismos; o bom desenvolvimento das imagens poéticas, entremeadas por passagens reflexivas; e a já mencionada sensibilidade rítmica — é possível percebê-las neste trecho: “Surgem sombras ao esquadro, / contramão / de desejos ansiados, / ilusão. // Popular ensinamento / denuncia: / céu pedrento é chuva ou vento, /poesia”
(Henrique Marques-Samyn, escritor e tradutor, Rio de Janeiro)


“O olho das águas é pura poesia, uma joia do fazer poético e do objeto-livro.”
(Olga Savary, poeta e escritora, Rio de Janeiro)


“A tua poesia tem essa força mágica de fazer com que não desgrudemos os olhos dela; e a ela voltamos ao menor sinal de chuva.”
(Ademir Antonio Bacca sobre O olho das águas, poeta, Rio Grande do Sul)


“Os versos breves de Edival Perrini são sugestões, delicadas insinuações, pequenas intervenções ou sínteses possíveis de um mundo palpitante. Instantâneos plenos de futuro. Assim, vejo coerência com a Psicanálise que ele também se dedica, de inspiração bioniana. Nossa mente está em criação, consonante com o universo em expansão.”
(Adriana Rotelli Resende Rapeli, psicanalista, in www.entreculturas.com.br)

Quem conhece Edival diz:

Encontrovérsia

Eu quero!

O Grupo Encontrovérsia existe regular e ininterruptamente desde que foi fundado, em 1980.
Fazem parte do Grupo os poetas Edival Perrini, Jandyra Kondera, Leopoldo Scherner (in memoriam) e Luiz Alberto Pena Kuchenbecker.
Criado para incentivar o estudo e a partilha literária, segue reunindo-se quinzenalmente, o que possibilita um permanente olhar sobre a criação de prosa e poesia de autores do Brasil e do mundo, além de ser um espaço de crítica sobre a própria produção de seus participantes.

POEMAS DE EDIVAL PERRINI NO ENCONTROVÉRSIA



SEGREDO
teu nome
escrito a dedo
de nuvem
no lúmen da manhã
azul

“O sol transpõe nuvens”
o sol transpõe nuvens
a folha amarela
amanhece
o dia tem uma ideia

"FLORESTA"
Se as mãos de imensas árvores
tocam-se em vegetal abraço,
colhe-se a palavra floresta.
A legião floresta tecida
em fios-árvores incontáveis
é una, árvore singular.
Diferentes de árvores-letras
que a escrevem árvore outra,
seus frutos, flores e cheiros
movem-se em traços, são peixes
no enorme aquário do ar.
Diferente é a paisagem
de outras diferentes pinturas,
aqui o ver é quem busca os olhos.
Os frutos da árvore-floresta
multiplicam-se em aberturas,
sombras, pássaros, borboletas,
frutos-fibras que se enlaçam
e tecem a palavra ternura.

"Há códigos no olhar"
há códigos no olhar
se (cristal) os decifro
arco-íris
Edival Perrini / Limo a leme nenhum, 1986
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O REMO
Na marra
(e na boa)
o remo contém
a farra
da canoa.

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